A velhinha

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Hoje de manhã muito cedo (antes do meu despertador) tocam a campainha lá de casa. Insistentemente, várias vezes. Acordei no susto e corri pra abrir. Quando cheguei na porta dei uma olhadinha no olho mágico e vejo uma senhorinha esperando do outro lado. Abri a porta. A mulher toma um susto e dá um pulo pra trás. E começa a balbuciar, sem-graça: mil desculpas minha filha, eu achei que aqui era o elevador.

Minha única reação foi: "me estás jodiendo?"

Cara, ou a velha é cega (confundir uma porta com um elevador?) e surda (porque eu não conheço nenhum botão de elevador que toque que nem campainha) ou só não tinha nada pra fazer e resolveu sacanear alguém.

Depois que fechei a porta ainda dei uma olhadinha de novo, na certeza de ver a velhinha rindo da minha cara. Mas ela era muito boa atriz, não deu nem uma risadinha...

Frutas exóticas

domingo, 17 de agosto de 2008

Estava toda felizinha fazendo compras no Carrefour, quando resolvi aproveitar e comprar umas frutas diferentes. Cansei de morango e banana equatoriana. Aí fui conferir a seção de "frutas exóticas" - na prática, um cantinho do mercado onde eles juntam numa caixa 5 limões verdes, 4 papaias, 3 cocos secos (normalmente mofados) e algumas mangas. Decidi apostar no mamão, que estava a bagatela de 15 pesos/quilo.

Fui pagar e a caixa registrou meu mamão como manga (a 23 pesos/Kg). Expliquei pra moçoila que mamão não é manga, e ela, não muito convencida, chamou o gerente. Que chamou o cara da seção de frutas. Que finalmente confirmou que aquilo era um mamão, e não uma manga. Problema resolvido, ela passa a frutinha. Preço: 28 pesos/Kg. Aí chamei o gerente de novo, mas não me aguentei e fui eu mesma checar. E descobri que dessa vez a confundida era eu, que tinha visto o preço de outra coisa... Voltando pro caixa ainda tive que atravessar a fila, que havia crescido consideravelmente pela confusão. Aí resolvi parar de reclamar e trazer minha papaia pra casa. E só chegando aqui abri a nota: 8 pesos por um mamão, do tamanho do meu punho. E verde.

Vencendo o trauma!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Engraçado como ficar muito tempo sem escrever no blog dá uma certa culpa. É um pouco como abandonar um projeto no meio, mas é estranho porque a intenção era registrar coisas legais, logo, quando nada está muito legal (leia-se: Alê no Brasil!) é normal não ter muita coisa pra registrar...

Bom, uma coisa legal. Hoje fez um sol lindo e eu venci o trauma de andar de bicicleta, adquirido na nossa viagem a Mendoza. Na época eu achei que seria legal fazer o circuito "bikes and wines", que na prática significa passar o dia andando de bicicleta entre os vinhedos, enquanto experimentava os vinhos.

Só que nós estávamos no centro de Mendoza, que fica a aproximadamente 30 km (de subida) de Luján de Cuyo, onde se concentram as "bodegas". Claro que ia dar merda, né? Primeiro, porque eu sou totalmente sedentária (como deve dar pra perceber, porque não tem nenhum post sobre esportes por aqui...); segundo, porque eu obviamente fiquei bêbada. Logo, depois dos 60km pedalando - e muita taquicardia - fui conhecer um ponto nada turístico do local: a emergência cardiológica do Hospital Espanhol. E tomei a firme decisão de abolir a bicileta da minha vida e só me deslocar com ajuda de veículos motorizados! Mas esse pequeno trauma foi facilmente resolvido numa bicicletinha rosa de cestinha, que lembrava muito mais a minha Caloi Ceci da infância que a minha "inimiga" de Mendoza...

Outra coisa interessante: quarta fez um ano que eu cheguei em Buenos Aires. Passou rápido, mas dá pra sentir muito a diferença. Continuo encantada com a cidade, as mudanças de estações, o ritmo de vida mais lento, os cafés, o Luigi Bosca. Por outro lado, vários caracterísicas argentinas me matam. Os serviços toscos - banco, táxi, restaurante -, todos parecem que estão te fazendoum favor. O pouco profissionalismo de tudo. É inacreditável morar numa cidade moderna, que tem wi-fi no metrô e em qualque café da esquina, e ter que pagar aluguel na casa do proprietário, porque ele não tem conta em banco. Nem a administradora do condomínio. E quase nenhum restaurante aceitar cartão de crédito. É muito louco.

Prós e contras de lado, fato que hoje em dia me sinto mais à vontade na Av. Cabildo que na Rua do Catete. E vou parar de reclamar e aproveitar o restinho do tempo que me sobra por aqui....

p.s. pra não fugir totalmente do tema do blog e parecer uma pessoa sem foco na vida, deixo um registro do interessante McMenu de Mendoza. Porque nem sofrendo de taquicardia a fome passa, então antes de ir pro hospital achei melhor dar uma passadinha no McDonald´s (sei lá se eu ia precisar ficar internada, né...).



Alê aproveitando o combo mendocino, que tem vinho e empanada.

Aerolineas (ou Mais um programa de índio!)

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Supresa do dia (de ontem): a Aerolineas voltou a servir comida. Nada de sanduíche de presunto no pão duro e sem manteiga! Teve penne ao molho pesto com queijo (mistura estranha, mas quem sou eu pra reclamar de queijo?) e um mil folhas de doce-de-leite que estava ótimo. Só o vinho não voltou...

E mais uma vez eu comprovei a teoria de que qualquer prazer (culinário) me diverte. Porque com um menuzinho desse eles já conseguiram arrancar uma boa impressão minha, mesmo sabendo que o sabor da comida provavelmente foi realçado pela fome causada pelo atraso de 2h30 no vôo!

Fora isso, Buenos Aires está menos fria que de costume. Pena estar um pouco mais vazia...