Um dia após o outro

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Depois da neve em El Escorial hoje nevou aqui em Madrid. Tá certo que foi uma neve pequena e suja, mas eu juro que vi os floquinhos, logo nevou...

El Escorial

domingo, 30 de novembro de 2008

O fim de semana passado marcou o fim do outono... Essa semana -1C era a temperatura média das manhãs, de madrugada chegava a fazer -6. Apesar disso hoje de manhã resolvemos visitar El Escorial, uma cidadezinha aqui próxima de Madri, mais perto da serra. E olha só o que a gente encontrou por lá...




Tapas e tostas

Semana passada teve o evento "De Tapas por Madrid", que, como o nome (quase) explica é uma "feira" de tapas pelas ruas madrilenhas. Na prática, significa que por 2   bar oferece uma cerveja e sua "tapa" mais famosa. Só que o dia estava lindo e quente, todo mundo saiu na rua atrás das tapas e às 14h toda a comida já tinha acabdo. Desolados e exaustos depois de correr inutilmente atrás da comida, acabamos num restaurante indiano em Lavapiés, com um garçom que não falava nada de espanhol, pedindo os pratos em inglês...

Pra não fugir totalmente do típico, fomos no Reina Sofia (que é de graça sábado à tarde) ver a Guernica e depois num barzinho de tostas, o Cervantes. As tostas são como canapés (numa comparação um pouco forçada), só que gigantes. Seguem a mesma linha das tapas, de comidas pequena para "picar" enquanto se bebe, que é o mais comum por aqui.



Toledo

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Finalmente fomos conhecer Toledo!! E embora todo mundo tivesse falado muito da cidade, mesmo com toda essa expectativa nós adoramos. Porque ela é linda, fofa, murada, medieval, é foda. Bom, é ladeira também, o que é uma praga pra quem veio de BsAs. Seguimos todas as dicas, pegamos ônibus pro centro e evitamos a subida inicial mas ainda assim um dia inteiro explorando Toledo é como uma sessão muito intensa de malhação da panturrilha...

Isso sem contar o labirinto. Claro que a primeira coisa que fizemos - como bons viajantes - foi visitar o centro de turismo pra ganhar mapinhas, dicas e saber os horários e descontos. Mas não teve jeito, nem de mapa na mão a gente se achava. Perdidos entre as ruelas medievais a gente ia esbarrando nas sinagogas, dava de cara com as catedrais e encontrava do nada uma mesquita. Nada mal se perder num lugar assim...

A gente virou uma esquina e a Catedral apareceu assim, pequeninha, lá no fundo..
























E a entrada principal, pela praça
























Bom, depois dessa longa introdução, o que interessa: a comida. Mas fato que dessa vez passamos um pouco dos restaurantes, até porque Toledo fica em Castilla-La Mancha e a comida típica da região é a castelhana, a mais difundida por aqui. De diferente encontramos os doces: marzapans e toledanas. Os marzapans (isso existe no Brasil? O nome não me é estranho.) são uma massinha doce, que parece biscuit. São melhores, claro, porque biscuit é horrível, mas tem o onipresente gosto de anis. Já as toledanas parecem um bolinho delaranja, com massa molhadinha. Bem gostoso.

São poucas fotos, porque a maioria dos lugares não deixava fotografar...









Tarde livre

domingo, 16 de novembro de 2008

Quarta-feira a Gi teve a tarde livre. Resolvemos então passear pela cidade. Planejamos tudo para andar de teleférico, mas, para o meu alívio, quando chegamos lá a máquina da morte estava desligada e só voltava a funcionar no dia seguinte.

Como continuávamos com a tarde livre, resolvemos fazer um programa mais cultural: fomos ao museu do Prado. Com a dica da Clarissa não pagamos entrada; o museu é gratuito a partir das seis horas.
Por dentro ele lembra algumas galerias do Louvre, grandes e de pé direito bem alto, mas as pinturas são muito religiosas. Quando não estavam falando de Deus e o fim do mundo, era poster de reis, duques e duquesas. E como essa galera era feia, não tinha um nobre bonito pintado por lá. 
Pra não falar mal o tempo inteiro, eu gostei de alguns quadros de Velasquez. De tudo, o que mais me chamou a  atenção foram o Jardim das Delícias e o sinistro Triunfo da morte. Depois de visitar várias galerias com Goya, Velázquez, Ribera e El Greco - e lembrar de algumas aulas da ECO - continuo com a impressão que nenhum outro museu vai ser mais interessante que o D'Orsay. 

Foto do quadro que me deixou nervoso...


Rastro

Aproveitando o tempo pra escrever um pouco...

As duas últimas semanas em Madri foram intensas. A virose do caga/vomita (nojento, mas é verdade) tomou conta da cidade e fez várias vítimas na faculdade. A gente dormia e acordava pensando em quem seria a nova vítima... Pros que se salvaram, sobrou trabalho pra repor a mão-de-obra avariada.

Mas deu pra passear um pouquinho. Fomos ao tão recomendado Mercado do Rastro. Dizem que é o maior mercado a céu aberto da Europa. Não sei se porque eu esperava muito, achei bem normalzinho. Tive a sensação de que era uma grande feirinha de Ipanema. Só que em euros... Também acho que fomos mal guiados, nesse caso. O mercado abre às 9h, mas a galera marca lá pelas 11h, pra tomar café vendo o movimento e depois começar o passeio. Fui com fome de café, mas cheguei lá e só tinha lugar pra beber. Sério, todos os bares lotados, a galera bebendo em pé nos balcões, comendo lula frita e jamón aquela hora da manhã. Não deu... E com fome não dava pra aproveitar o mercado que, aliás, é um ladeirão.

Fotinhos do local. Eu não gostei, mas conheço muita gente que ia adorar se perder por lá...



Banalidades...

sábado, 1 de novembro de 2008

Ontem eu quase não conseguia escovar os dentes de tanto bater o queixo...

Semana Cultural

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Com o Alê na terrinha em busca de pastéis de nata, me sobra tempo pra conhecer os museus e teatros de Madri. Ontem fui conhecer o Caixa-Fórum (que não é exatamente um museu, seria mais um Centro Cultural. No meu catálogo de referências cariocas entraria como o CCBB daqui). Adorei o espaço, a exposição e, claro, as "regalias" dadas pela Fundação Carolina, que oferece visita guiada, grupo fechado, uma beleza!

Depois fomos ao teatro ver um espetáculo de dança da Cia. Mayumana (pos curiosos, www.mayumana.com/). Nunca tinha ouvido falar, e confesso que não esperava muito, mas o resultado surpreendeu. Mais do que um espetáculo de dança, os caras tocam, cantam e divertem. A platéia de jornalistas madrilenhos - que enfrentou o frio de 4 graus pra estar lá - participou, batucou e saiu dançando. Adorei!!

Como grand finale, depois do grupo se despedir 5 vezes e a platéia não ir embora, o bailarino brasileiro puxou um sambão e desceu do palco. Os outros seguiram com o batuque e platéia foi atrás, até a porta do teatro, onde se formou uma batucada digna de escola de samba. Nessa hora olho pro lado e vejo uma mulata-espetáculo soltinha sambando - que sei lá pela mão de quem foi parar no meio da roda. Mas me controlei, mais um pouquinho eu ia atrás...

Sambão a parte, o espetáculo é lindo. E deu pra esquentar um pouquinho a semana, porque o frio tá de matar...

Eu odeio banco (ou Quem mandou sair por aí abrindo contas?)

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Eu sempre tive medo de banco. As pessoas me sacaneavam, diziam que era ridículo, que banco era seguro, prático e etc., mas não adiantava, nem poupança eu tinha. Minha 1a. conta veio aos 21 anos, com meu 2o. emprego, porque no 1o. eu pedi pra receber em dinheiro...

Pois é, parece que eu estava prevendo...Depois de me estressar no Brasil e na Argentina, chegou a vez de conhecer o sistema bancário espanhol. A conversa descrita abaixo é real, acreditem:

- Oi, boa tarde, eu fiz compras na internet e a cobrança não veio. Eu queria pagar.
- Ah sim. A sra. seria tão amável de me dizer seu número de documento, nome da mãe, etc., etc?
Tudo confimado.
- Número da sua conta?
Digo os números do cartão, claro.
- Número D.C.?
Aí fudeu, porque eu não tenho idéia do que seja...
- É o número que a sra. encontra no livrinho que lhe foi entregue no dia em que abriu a conta. A sra. seria tão amável de voltar a chamar quando tenha esse número em mãos?

10 minutos depois, de posse do tal número, a conversa avança...

- Número D.C.?
Eu digo, orgulhosa.
- Número da conta?
Mas não é o mesmo? Não, não é, mas no santo livrinho tem tudo...
- Endereço da filial do banco onde a sra. abriu a conta?
Aí achei que era sacanagem...como é que eu vou saber? Onde é que eu acho isso? Lá vou eu buscar na internet, enquanto os minutos no telefone correm em euros...

Finalmente acaba. Aí vem essa:

Ah sim. Agora a sra. precisa de uma senha, eu vou lhe transfeir e depois a sra. volta a chamar ou vê pela internet...

De posse da senha, e depois de haver xingado muito, acesso a internet.

- coisa absurda 1: o teclado FOGE de você. Quando você digita um número o teclado foge pro outro lado da tela. E você vai atrás, clicando...

Aí ele te direciona pra coisa absurda número 2: digite os números XXX que estão no seu CONTRATO da conta.

Nessa eu desisti, ok, eles venceram, eu não quero pagar mais nada. Nem ver se eu já paguei. Porque telemarketing é igual no mundo todo, mas banco piora.

Cuenca

sábado, 25 de outubro de 2008

Hoje finalmente a gente pôde colocar em prática umas das coisas mais legais de morar aqui em Madri: descobrir as cidadezinhas aqui por perto. O destino, Cuenca (em Castilla-La Mancha), foi despretensiosamente decidido durante a pizza e o vinho de ontem, ou seja, a gente não tinha a menor idéia do que iria encontrar. O bom é que a cidade surpreendeu, porque tinha de tudo um pouco do que a gente queria ver: ruínas de castelo, cidades de pedra, canions, uma variedade de coisas interessantes. Pena que o trem também surpreendeu e sacolejou horrores nas duas horas que separam Cuenca de Madri...

Bom, como não podia deixar de ser, não dá pra conhecer a cidade sem conhecer o que se come nela, né? Entre os pratos típicos provados estão a sopa castellana (uma sopa de alho que leva pimentão, porco, pão dormido e sei lá mais o que), o ajo ariero (que é uma espécie de pasta fria de bacalhau com temperos) e o codillo, que pelo nome foi incialmente confundido com uma massa, mas que na verdade é um enorme joelho de porco, duplamente aprovado na mesa (não por mim, claro, eu passei). Pena que todos os doces são feitos com mel e servidos em porções gigantes, não dava só pra dar uma provadinha...



















Las casas colgadas



















Plaza Mayor (sempre tem uma...)
























As passagens




















A Catedral

Coisas pintorescas encontradas na cidade:

- uma sorveteria italiana com sorvetes florescentes, entre eles o sabor "pitufo"(Los Pitufos aqui são Os Smurfs), ou seja, um sorvete azul tosco com sabor "chiclete";
- senhorinhas e senhorinhos animados dançando o vira no meio da rua com a bandinha local;
- uma Ferrari (essa pro Alê, porque eu sequer vi o carro, imagina se reparei que era Ferrari...)

A Chocolateria

terça-feira, 21 de outubro de 2008


Taí um lugar que eu preferia ter conhecido depois. Queria saber quem teve a idéia de servir chocolate quente cremoso com churros...

Mas essa iguaria tem um preço. Só leva quem chegar e pedir chocolate con porras, que é o singelo nome que eles dão aos churros por aqui...

Dedé e a noite madrileña

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Visitinha frequente, Dedé apareceu por aqui pra desbravar a noite madrilenha com a gente. Ô povo que não gosta de ficar parado. Primeiro, porque tem bar pra tudo: pra comer, pra beber e pra dançar. Segundo, que mesmo assim, eles ainda vão pulando entre vários da mesma categoria. Dá nem pra embebedar, porque quando a cerveja tá subindo você já tá começando uma caminhada nova...

A coisa funciona assim: até meia-noite e pouquinho você fica pulando de bar em bar, entre os que servem comida. Deu o horário os bares fecham e aí você passa para o bar de "copas". Lá as bebidas já são mais carinhas, a música é alta, igualzinho a uma boate comum. Só que às 3h30 da manhã eles apagam a luz, desligam a música e botam todo mundo pra fora. Pro desavisado que ainda estiver no meio do drinque eles são bonzinhos e oferecem copos de plástico.

Aí vai todo mundo pra boate (é uma galera andando em bando, engraçadíssimo!), encarar as filas gigantes pra entrar às 4h. Ou seja, uma verdadeira maratona!

Bom, seguem as fotinhos, sem legendas, porque foto de bar se explica sozinha e eu não lembro do nome da metade deles mesmo...













O mesmo de sempre.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Cheguei em Madrid semana passada, ainda não tive muito tempo e dinheiro para visitar todos os pontos turísticos. Algumas coisas nessa vinda já me ensinaram: uma que brasileiro é praga e existe em todo lugar, como os chineses; a outra é que sono de fuso horário não é palhaçada de jogador de futebol. Agora uma semana depois de chegar e acertados todos os fusos posso voltar a escrever no nosso blog.


Mas quem disse que meu sono passa! Estão fazendo uma maldita obra no prédio. Todo esse barulho para colocar um elevador num prédio de quatro andares. Os caras começam no pow, pow, pow às oito em ponto e não são ingleses. Aqui a maioria dos trabalhadores da construção civil é latino americano, turco ou búlgaro. Na nossa obra além do pow, pow, pow rola um funkão. Pensei que iria me livrar, mas a rádio que esses malditos escutam (bem alto) toca funk e cumbia.

Passou a primeira semana e eu já tenho coisas pra reclamar, posso mudar de país que continuo o mesmo ranzinza de sempre.

Aqui vai uma foto da serra pelada no nosso prédio.


Día de la Hispanidad

domingo, 12 de outubro de 2008

Hoje foi o Dia de la Hispanidad, feriado aqui na Espanha. Dia do descobrimento da América, é comemorado na Argentina como Día de la Raza, na Venezuela como o "Encontro entre 2 mundos"e por aí vai. Aqui organizaram uma feira Iberoamericana, que deveria reunir comidas típicas de vários países da América Latina na Plaza Mayor. Fui dormir com água na boca pro evento, mas choveu e ele foi cancelado...

Bom, aí acabamos descobrindo uma outra Feira, mas de comidas típicas da Espanha, na Plaza Sant'Ana. Provamos os queijos, as empanadas, tortas, os "pinchos" e "tostas" e a Sidra andaluz.

Diz a tradição que a sidra tem que ser servida do alto, com o copo de lado. A intenção é fazer o máximo de espuma possível. O Alê se saiu tão bem na tarefa que foi confundido com um espanhol (lógico que o nariz ajuda também...), teve até tursita comentando...

Legendas:

1. As empanadas galegas
2. A feira
3. Alê servindo a sidra
4. Os roommates, Guilherme e Clarissa, e Jaline










Festinha

Nem só de estudos vive a galera do Master. Depois de passar 12 horas juntos, 5 vezes por semana, o pessoal achou que não era suficiente e organizou uma festinha ontem à noite. Chegamos uma hora atrasados, como bons cariocas, e fomos recebidos na casa com a Marcha Nupcial. Explico: as pessoas aqui na Espanha (imagino que isso só valha pras grandes cidades) vivem o fenômeno "mileurista", ou seja, os recém-formados ganham em média 1000 euros (quando trabalham, porque muitos ficam como estagiário ou com contratos temporários). A maioria deles vive com os pais, ou divide apartamento com 450 pessoas e vão casar sei lá quando, super tarde. Por isso eles estranharam muito, mas muito mesmo, que eu fosse casada aos 26 anos. Só estranharam mais quando eu disse que já era casada há três anos...

Bom, voltando à festinha, descobrimos que a bebida típica dessas reunioezinhas é a caipirinha. A versão espanhola é feita com lima (o limão daqui), rum e açúcar mascavo e é servida como ponche, num baldinho com a concha. Embebda quase igual...

Legendas das fotinhos:

1. A turma quase completa
2. A caiprinha
3. Alê se integrando com a galera
4. Dos 25 alunos, 20 são mulheres...
5. As "americanas"













Novas descobertas

domingo, 5 de outubro de 2008

Ontem Clarissa e Guilherme, meus companheiros de apê, me levaram pra conhecer um pouquinho da noite madrileña. Começamos por um barzinho perto da Plaza Mayor - que fica absolutamete lotada à noite -, chamado El Rey del Pimiento. O pimiento é uma iguaria meio tradicional por aqui, e de fato não sei explicar bem do que se trata, parece uma mistura de pimentão com quiabo (muitos discordam da parte do quiabo), um pouco picante. Eles preparam frito com sal e comem com pão, o resultado é esse aí embaixo. Bem interessante.










































Outro experimento da noite foi a clara, dica da amiga argentina Delph, que na verdade é uma cerveja batizada com água saborizada ou limão. Provei com a água saborizada, mas o gosto doce no fim da cerveja é de matar. Em algum momento, bem mais pra frente, talvez eu dê uma chance pra de limão, mas só depois que essa primeira experiência estiver esquecida. Até lá, fico com a caña.

Ontem também foi dia de descobrir o mercado, que é sempre uma boa fonte de informação sobre os costumes locais. Descobri que molho de tomate aqui se chama "tomates fritos" (o castellano da Argentina não ajudou muito nessa hora), que quase tudo pode ser comprado pronto e os frutos do mar são bem baratos.

Fora isso, muitos tipos diferentes de jamón, o que era de se esperar, mas ainda assim surpreende a quantidade de tipos, origens e classificações que podem existir (jamón de macho e de fêmea?). E muitos tipos de queijos, uma variedade imensa. Enlouqueci, óbvio, e quis trazer tudo, mas a empolgação durou só até eu lembrar que teria que carregar as compras depois, porque aqui não vai ter a mordomia de mandar entregar em casa por 3 pesinhos...

As primeiras fotinhos...

sábado, 4 de outubro de 2008

E não é que eu tinha trazido o cabo das fotos? Seguem as primeiras fotinhos, bem modestas, porque quem estuda de 9h às 21h não tem muito tempo de passear pela cidade...

Legendas, na ordem (porque tá impossível de diagramar pelo blogspot):

1. Plaza Cibeles (com o prédio das Comunicações no fundo)
2. Dentro do Parque do Retiro
3. Na Plaza Mayor
4. Plaza Colón
5. Marina me levou por um pequeno tour e me apresentou esse barzinho fofo numa das ruazinhas do Centro, onde eu conheci a "caña" e os "montaditos"(uns sanduichinhos) de salmão defumado com filadélfia...










Em Madri, em casa!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Depois de quase 1 mês errando entre BsAs, Rio e Madri, dormindo em casas de amigos e parentes, sofás e colchonetes, finalmente estou instalada numa casinha que posso chamar de minha (embora outras 3 pessoas também possam), com cama e internet pra poder atualizar o blog e voltar a uma vidinha normal.

Um ano e 1 mês depois de começarmos a aventura portenha, nos despedimos de Buenos Aires. Voltei em vários dos lugares que marcaram minha vidinha na Argentina e conheci alguns que faltavam. Bom, ficou faltando o Sucre, que mais de 10 pessoas recomendaram, assim com o restaurante do Faena e o Casa Cruz, mas confesso que tive um pouco de preguiça dos restaurantes turistões. Fiquei com a "bodega" no fundos de Palermo Viejo - sem nome e com a maior almôndega que eu já vi - os choripans da esquina, o Vicente, o Coghlan nosso de todo dia (com a melhor garçonete de BsAs), o Downtown Matias e as muitas empanadas. E como ninguém é de ferro, na última noite me despedi da Parolaccia conhecendo a última que faltava da rede, a da Recoleta. E nenhuma decepcionou!

Bom, despedidas de lado, de BsAs ficam as lembranças dos cafés, das medialunas de manhã no trabalho, dos vinhos, das carnes, das massas, dos alfajores, do Bairro Chino, da Cabildo e, acima de tudo, dos amigos que ficaram. Ou seja, só lembranças boas, o que me enche de motivos pra voltar, e de vontade de conhecer outras coisas por aí.

E nisso chegamos em Madri, pelos próximos 9 meses, que eu espero que passem entre muitas aulas, muitas "cañas" e muitas "tapas". As fotos aguardam ansiosamente na máquina pela chegada do Alê com o cabo para baixar...

A velhinha

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Hoje de manhã muito cedo (antes do meu despertador) tocam a campainha lá de casa. Insistentemente, várias vezes. Acordei no susto e corri pra abrir. Quando cheguei na porta dei uma olhadinha no olho mágico e vejo uma senhorinha esperando do outro lado. Abri a porta. A mulher toma um susto e dá um pulo pra trás. E começa a balbuciar, sem-graça: mil desculpas minha filha, eu achei que aqui era o elevador.

Minha única reação foi: "me estás jodiendo?"

Cara, ou a velha é cega (confundir uma porta com um elevador?) e surda (porque eu não conheço nenhum botão de elevador que toque que nem campainha) ou só não tinha nada pra fazer e resolveu sacanear alguém.

Depois que fechei a porta ainda dei uma olhadinha de novo, na certeza de ver a velhinha rindo da minha cara. Mas ela era muito boa atriz, não deu nem uma risadinha...

Frutas exóticas

domingo, 17 de agosto de 2008

Estava toda felizinha fazendo compras no Carrefour, quando resolvi aproveitar e comprar umas frutas diferentes. Cansei de morango e banana equatoriana. Aí fui conferir a seção de "frutas exóticas" - na prática, um cantinho do mercado onde eles juntam numa caixa 5 limões verdes, 4 papaias, 3 cocos secos (normalmente mofados) e algumas mangas. Decidi apostar no mamão, que estava a bagatela de 15 pesos/quilo.

Fui pagar e a caixa registrou meu mamão como manga (a 23 pesos/Kg). Expliquei pra moçoila que mamão não é manga, e ela, não muito convencida, chamou o gerente. Que chamou o cara da seção de frutas. Que finalmente confirmou que aquilo era um mamão, e não uma manga. Problema resolvido, ela passa a frutinha. Preço: 28 pesos/Kg. Aí chamei o gerente de novo, mas não me aguentei e fui eu mesma checar. E descobri que dessa vez a confundida era eu, que tinha visto o preço de outra coisa... Voltando pro caixa ainda tive que atravessar a fila, que havia crescido consideravelmente pela confusão. Aí resolvi parar de reclamar e trazer minha papaia pra casa. E só chegando aqui abri a nota: 8 pesos por um mamão, do tamanho do meu punho. E verde.

Vencendo o trauma!

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Engraçado como ficar muito tempo sem escrever no blog dá uma certa culpa. É um pouco como abandonar um projeto no meio, mas é estranho porque a intenção era registrar coisas legais, logo, quando nada está muito legal (leia-se: Alê no Brasil!) é normal não ter muita coisa pra registrar...

Bom, uma coisa legal. Hoje fez um sol lindo e eu venci o trauma de andar de bicicleta, adquirido na nossa viagem a Mendoza. Na época eu achei que seria legal fazer o circuito "bikes and wines", que na prática significa passar o dia andando de bicicleta entre os vinhedos, enquanto experimentava os vinhos.

Só que nós estávamos no centro de Mendoza, que fica a aproximadamente 30 km (de subida) de Luján de Cuyo, onde se concentram as "bodegas". Claro que ia dar merda, né? Primeiro, porque eu sou totalmente sedentária (como deve dar pra perceber, porque não tem nenhum post sobre esportes por aqui...); segundo, porque eu obviamente fiquei bêbada. Logo, depois dos 60km pedalando - e muita taquicardia - fui conhecer um ponto nada turístico do local: a emergência cardiológica do Hospital Espanhol. E tomei a firme decisão de abolir a bicileta da minha vida e só me deslocar com ajuda de veículos motorizados! Mas esse pequeno trauma foi facilmente resolvido numa bicicletinha rosa de cestinha, que lembrava muito mais a minha Caloi Ceci da infância que a minha "inimiga" de Mendoza...

Outra coisa interessante: quarta fez um ano que eu cheguei em Buenos Aires. Passou rápido, mas dá pra sentir muito a diferença. Continuo encantada com a cidade, as mudanças de estações, o ritmo de vida mais lento, os cafés, o Luigi Bosca. Por outro lado, vários caracterísicas argentinas me matam. Os serviços toscos - banco, táxi, restaurante -, todos parecem que estão te fazendoum favor. O pouco profissionalismo de tudo. É inacreditável morar numa cidade moderna, que tem wi-fi no metrô e em qualque café da esquina, e ter que pagar aluguel na casa do proprietário, porque ele não tem conta em banco. Nem a administradora do condomínio. E quase nenhum restaurante aceitar cartão de crédito. É muito louco.

Prós e contras de lado, fato que hoje em dia me sinto mais à vontade na Av. Cabildo que na Rua do Catete. E vou parar de reclamar e aproveitar o restinho do tempo que me sobra por aqui....

p.s. pra não fugir totalmente do tema do blog e parecer uma pessoa sem foco na vida, deixo um registro do interessante McMenu de Mendoza. Porque nem sofrendo de taquicardia a fome passa, então antes de ir pro hospital achei melhor dar uma passadinha no McDonald´s (sei lá se eu ia precisar ficar internada, né...).



Alê aproveitando o combo mendocino, que tem vinho e empanada.

Aerolineas (ou Mais um programa de índio!)

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Supresa do dia (de ontem): a Aerolineas voltou a servir comida. Nada de sanduíche de presunto no pão duro e sem manteiga! Teve penne ao molho pesto com queijo (mistura estranha, mas quem sou eu pra reclamar de queijo?) e um mil folhas de doce-de-leite que estava ótimo. Só o vinho não voltou...

E mais uma vez eu comprovei a teoria de que qualquer prazer (culinário) me diverte. Porque com um menuzinho desse eles já conseguiram arrancar uma boa impressão minha, mesmo sabendo que o sabor da comida provavelmente foi realçado pela fome causada pelo atraso de 2h30 no vôo!

Fora isso, Buenos Aires está menos fria que de costume. Pena estar um pouco mais vazia...

No Rio!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Chegamos! 41 horas depois de deixar Buenos Aires pisamos na Cidade Maravilhosa. Na chegada, nada de Baía de Guanabara e praias lindas, só a Linha Vermelha e a Av. Brasil, engarrafadas como sempre, e o glorioso destino final: a rodoviária Novo Rio. Bom, o post tá meio amarguinho mas também pudera, né...

No fim das contas a viagem nem é tão ruim. O ônibus é bem confortável e tem serviço de bordo, o que reduz muito a quantidade de paradas. Isso na Argentina, porque quando chega no Brasil não pode mais servir nada e aí é uma parada atrás da outra. Isso sem contar os espertinhos na imigração (que acham estranho precisar de documento pra sair do país alheio!) empatando a galera, o trânsito em São Paulo, a troca de ônibus e o consequente atraso de quase 5 horas!

É melhor aproveitar o sol pra fazer o esforço ter valido a pena!!!

Palavras "pintorescas"

sábado, 26 de julho de 2008

Bernardo, quando veio visitar a gente aqui, trouxe uma mania hilária: a de "colecionar" palavras engraçadas em espanhol. Algumas são simplesmente esquisitas, mas outras são normais, super parecidas com o português mas com alguma diferença que faz delas algo impossível de dizer sem rir. Entre as que eu anotei estão cocodrilo, vidrio, tiburón e a que me fez lembrar disso agora: disminuir. Fiquei quase 5 minutos rindo de uma menina do trabalho que queria "disminuir" alguma coisa e falava a palavra repetidamente. Como se já não bastasse falar "más grande"...

É claro que o Bernardo, a Carla, a Dani e o Dudu deixaram mais coisas aqui também depois da visita: fora a preciosa escova de dentes(que gerou uma mobilização internacional e já foi devidamente devolvida ao seu país de origem), também ficamos com o Anastacia (o melhor nhoque de todos!), o Boliche do Roberto, uma noite memorável de carteado e as 17 garrafas de vinho que causaram espanto nos vizinhos quando deixamos na lixeira do prédio!



















Uma lembrança das que se salvaram pra foto...


Aliás, falando em palvras pintorescas, eu já comentei que análise SWOT aqui se chamada "ejercicio de FODA"? Pois é, descobri isso num seminário do trabalho, enquanto apresentava um projeto. Momento constrangedor, especialmente quando se trata do meu trabalho...

Dia do Amigo

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Ontem foi Dia do Amigo. Pois é, quando eu estava no Brasil nunca sabia disso, mas aqui não dá pra ignorar. Em todos os lugares havia cartazes com promoções, reservas, restaurantes e sorveterias abertos 24h pra comemorar. É uma data importante, que engraçado! Bom, e se é importante a gente comemora né, que mal não faz.

Então pra começar bem o dia fomos tomar café na pracinha. Esse é meu programa favorito, acordar tarde no fim de semana, ir pros cafés da pracinha, pedir um "desayuno completo" e ficar lendo e batendo papo. Mas ontem tínhamos um propósito: conhecer o Maru Botana, um bufê famoso por aqui por seus doces - que coincidentemente fica a 3 quadras da minha casa. E o lugar cumpriu bem a expectativa, o café é caprichado. Adorei tudo, a geléia, os scons (um tipo de pão com formato de nhá-benta, que pode ser doce ou salgado) e os meus brownies miniaturas. Tudo por 15 pesinhos. O Alê não resistiu à tentação e pediu a especialidade da casa, tortas, mas a fatia era tão grande que nem ele deu conta. Não que seja um problema, porque mesmo com a cara de espanto da atendente a gente mandou embrulhar o que sobrou.

E de noite fomos conhecer a cervejaria Antares. Na verdade eu já tinha ido lá uma vez, antes de morar aqui, mas lembrava pouco do lugar (talvez porque eu tenha ido a uns 5 bares diferentes essa noite e esse foi o último...). Bom, a "onda" do lugar é fabricar cerveja e trazer aquela tábua de degustação, onde eles colocam todos os tipos em tulipinhas com uma informação básica sobre cada uma. Eu já fui em alguns bares do estilo por aqui, mas esse sem dúvida é o mais legal. Tem mais cervejas e elas são mais gostosas. Ontem eles trouxeram uma especial, que só fazem de vez em quando, que estava ótima. Eu que sempre tomo a cristal ontem me surpreendi com uma escura, chamada Porter, que era super diferente. Já Alê e Mari combinaram veredictos, os dois ficaram com a honey beer. Eu passo, detesto mel. E a piorzinha, escolhida por unanimidade, foi a de vinho. Intragável.

A "picada" de frutos do mar deixou a desejar, mas eu não fui lá pra comer mesmo, né? E as sobremesas, seguindo a tradição, levam calda de frutas vermelhas (eu não sei de onde vem essa mania, mas aqui o que não tem doce-de-leite tem frutas vermelhas, mesmo que seja um brownie, um strudel ou uma torta de chocolate). Eu não curto muita a combinação, mas também não dá pra dizer que é ruim.

A foto não é lá muito atual, é de quando eu fui lá em 2007, mas dá pra ilustrar a degustação...

Bariloche

sábado, 19 de julho de 2008

Mudando um pouco o foco, e em homenagem ao calorzinho que faz por aqui, resolvi escrever sobre a nossa viagem a Bariloche, no verão. Porque esse certamente é um dos lugares mais bonitos que eu já conheci. Espremida no meio de um monte de trabalho ela acabou não postada, assim me deixo uma recordação desse lugar de paisagens lindas e ótimos restaurantes.

O caminho é cansativo, são muitos quilômetros de deserto, mas a chegada já é impressionante. Toda a vizinhança é cheia de lagos gigantes de águas super clarinhas (com 20 m de profundidade você ainda consegue contar as pedrinhas no fundo) , a vegetação é linda e de fundo ficam os picos de neve eterna, contrastando com o calor de 25 graus que a gente pegou por lá. É enlouquecedor, mas as fotos descrevem melhor...




































Vista do nosso chalé

Além dos passeios e dos pontos turísticos clássicos (os teleféricos que matam o Alê do coração, as mil e uma confeitarias, incluindo a giratória, rafting nos lagos, caminhadas e passeios no centro cívico e na Pequena Suíca), não dá pra perder o super fondue de queijo do La Bonita - que vai muito além de molhar o pão no queijinho derretido. Não sei se é o único restaurante da região que faz assim ou se é costume por lá, mas o fato é que eles aprimoraram o negócio e misturaram o foundue com a picada (prato típico da Argenina, uma espécie de tábua de queijos, frios, defumados, salsichas, linguiças, pães, pastas e picles – ou seja, comida pequena pra comer de palitinho enquanto se toma cerveja ou vinho). Dá pra ficar horas ali molhando os picles no queijo e tomando vinho. E como ainda era horário de verão, depois de um dia inteiro passeando, do foundue e do vinho, ainda dava pra ver o sol se pôr no lago, por volta das 23h...




































Ah, Bariloche tem algumas outras comidas obrigatórias: o cordeiro patagônico, a truta e os defumados. E se sobrar espaço pra sobremesa ainda tem várias dessas casinhas que fabricam chocolate... Um lugar pra voltar, sempre!