Enquanto escrevia esse post percebi nunca toquei no tema almoço, que de fato por aqui significa uma coisa muito diferente. Logo na 1a. semana aqui a Fundação ofereceu um almoço pros bolsistas. Fomos todos arrumadinhos e famintos, educadinhos, nem atacamos os canapés. Aí logo depois comecei a perceber que o salão estava esvaziando e fui perguntar onde seria o almoço. Doce ilusão, o almoço era aquilo. Uma alma caridosa me explicou que aqui um almoço é um coquetel, o almoço como a gente conhece eles chamam de comida. Ooops...
Então vamos falar da comida, que aqui se divide em várias etapas: pratos 1 e 2, salada e pão. Sempre. Ah, e a parte mais interessante (que nesse caso específico não é a comida, mas o que vem depois): a siesta. Uma coisa é ouvir falar dela, outra é querer ir ao banco, ao mercado, a um bar ou a qualquer outra coisa às 15h e estar TUDO fechado. Horário de almoço (regular) aqui é de 14h às 16h. Mas o comércio vai reabrindo assim aos pouquinhos, como quem vai acordando, espreguiçando daquela dormidinha da tarde mesmo, e algumas lojas podem abrir às 16h30, ou às 17h, ou quem sabe se reabrem, né...
Mas deixando de ser hipócrita, tirando o tempinho que demora pra acostumar (e pra passar a culpa de dormir às 15h em pleno dia de semana) o resto é uma delícia...
Ai, mas essa dissertação sobre almoço foi só pra dizer que o almoço daquela tarde foi diferente de todos os almoços de finais de ano que eu já tinha visto até então. Primeiro porque começou às 17h, pós siesta. Depois porque em momento nenhum teve comida, só tapas. Terceiro porque foi interminável, ao melhor estilo madrilenho, a gente comia e bebia, era expulso do lugar, procurava outro aberto onde coubesse todo mundo, recomeçava a bebicomilança e por assim foi até a hora em que tivemos que parar pra fazer as malas pra viagem de fim de ano...
O que fazer de diferente em Buenos Aires
Há 5 semanas
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