Chegamos! 41 horas depois de deixar Buenos Aires pisamos na Cidade Maravilhosa. Na chegada, nada de Baía de Guanabara e praias lindas, só a Linha Vermelha e a Av. Brasil, engarrafadas como sempre, e o glorioso destino final: a rodoviária Novo Rio. Bom, o post tá meio amarguinho mas também pudera, né...
No fim das contas a viagem nem é tão ruim. O ônibus é bem confortável e tem serviço de bordo, o que reduz muito a quantidade de paradas. Isso na Argentina, porque quando chega no Brasil não pode mais servir nada e aí é uma parada atrás da outra. Isso sem contar os espertinhos na imigração (que acham estranho precisar de documento pra sair do país alheio!) empatando a galera, o trânsito em São Paulo, a troca de ônibus e o consequente atraso de quase 5 horas!
É melhor aproveitar o sol pra fazer o esforço ter valido a pena!!!
No Rio!
Postado por Gisele Lopes às 18:11 | Marcadores: argentina, Rio, viagem quinta-feira, 31 de julho de 2008Palavras "pintorescas"
Postado por Gisele Lopes às 18:47 | Marcadores: amigos, bebida, vinhos, visitas sábado, 26 de julho de 2008Bernardo, quando veio visitar a gente aqui, trouxe uma mania hilária: a de "colecionar" palavras engraçadas em espanhol. Algumas são simplesmente esquisitas, mas outras são normais, super parecidas com o português mas com alguma diferença que faz delas algo impossível de dizer sem rir. Entre as que eu anotei estão cocodrilo, vidrio, tiburón e a que me fez lembrar disso agora: disminuir. Fiquei quase 5 minutos rindo de uma menina do trabalho que queria "disminuir" alguma coisa e falava a palavra repetidamente. Como se já não bastasse falar "más grande"...
É claro que o Bernardo, a Carla, a Dani e o Dudu deixaram mais coisas aqui também depois da visita: fora a preciosa escova de dentes(que gerou uma mobilização internacional e já foi devidamente devolvida ao seu país de origem), também ficamos com o Anastacia (o melhor nhoque de todos!), o Boliche do Roberto, uma noite memorável de carteado e as 17 garrafas de vinho que causaram espanto nos vizinhos quando deixamos na lixeira do prédio!
Uma lembrança das que se salvaram pra foto...
Aliás, falando em palvras pintorescas, eu já comentei que análise SWOT aqui se chamada "ejercicio de FODA"? Pois é, descobri isso num seminário do trabalho, enquanto apresentava um projeto. Momento constrangedor, especialmente quando se trata do meu trabalho...
Dia do Amigo
Postado por Gisele Lopes às 19:11 | Marcadores: amigos, bar, bebida, comida segunda-feira, 21 de julho de 2008Ontem foi Dia do Amigo. Pois é, quando eu estava no Brasil nunca sabia disso, mas aqui não dá pra ignorar. Em todos os lugares havia cartazes com promoções, reservas, restaurantes e sorveterias abertos 24h pra comemorar. É uma data importante, que engraçado! Bom, e se é importante a gente comemora né, que mal não faz.
Então pra começar bem o dia fomos tomar café na pracinha. Esse é meu programa favorito, acordar tarde no fim de semana, ir pros cafés da pracinha, pedir um "desayuno completo" e ficar lendo e batendo papo. Mas ontem tínhamos um propósito: conhecer o Maru Botana, um bufê famoso por aqui por seus doces - que coincidentemente fica a 3 quadras da minha casa. E o lugar cumpriu bem a expectativa, o café é caprichado. Adorei tudo, a geléia, os scons (um tipo de pão com formato de nhá-benta, que pode ser doce ou salgado) e os meus brownies miniaturas. Tudo por 15 pesinhos. O Alê não resistiu à tentação e pediu a especialidade da casa, tortas, mas a fatia era tão grande que nem ele deu conta. Não que seja um problema, porque mesmo com a cara de espanto da atendente a gente mandou embrulhar o que sobrou.
E de noite fomos conhecer a cervejaria Antares. Na verdade eu já tinha ido lá uma vez, antes de morar aqui, mas lembrava pouco do lugar (talvez porque eu tenha ido a uns 5 bares diferentes essa noite e esse foi o último...). Bom, a "onda" do lugar é fabricar cerveja e trazer aquela tábua de degustação, onde eles colocam todos os tipos em tulipinhas com uma informação básica sobre cada uma. Eu já fui em alguns bares do estilo por aqui, mas esse sem dúvida é o mais legal. Tem mais cervejas e elas são mais gostosas. Ontem eles trouxeram uma especial, que só fazem de vez em quando, que estava ótima. Eu que sempre tomo a cristal ontem me surpreendi com uma escura, chamada Porter, que era super diferente. Já Alê e Mari combinaram veredictos, os dois ficaram com a honey beer. Eu passo, detesto mel. E a piorzinha, escolhida por unanimidade, foi a de vinho. Intragável.
A "picada" de frutos do mar deixou a desejar, mas eu não fui lá pra comer mesmo, né? E as sobremesas, seguindo a tradição, levam calda de frutas vermelhas (eu não sei de onde vem essa mania, mas aqui o que não tem doce-de-leite tem frutas vermelhas, mesmo que seja um brownie, um strudel ou uma torta de chocolate). Eu não curto muita a combinação, mas também não dá pra dizer que é ruim.
A foto não é lá muito atual, é de quando eu fui lá em 2007, mas dá pra ilustrar a degustação...
Bariloche
Postado por Gisele Lopes às 11:59 | Marcadores: argentina, comida, viagem sábado, 19 de julho de 2008Mudando um pouco o foco, e em homenagem ao calorzinho que faz por aqui, resolvi escrever sobre a nossa viagem a Bariloche, no verão. Porque esse certamente é um dos lugares mais bonitos que eu já conheci. Espremida no meio de um monte de trabalho ela acabou não postada, assim me deixo uma recordação desse lugar de paisagens lindas e ótimos restaurantes.
O caminho é cansativo, são muitos quilômetros de deserto, mas a chegada já é impressionante. Toda a vizinhança é cheia de lagos gigantes de águas super clarinhas (com 20 m de profundidade você ainda consegue contar as pedrinhas no fundo) , a vegetação é linda e de fundo ficam os picos de neve eterna, contrastando com o calor de 25 graus que a gente pegou por lá. É enlouquecedor, mas as fotos descrevem melhor...
Vista do nosso chalé
Além dos passeios e dos pontos turísticos clássicos (os teleféricos que matam o Alê do coração, as mil e uma confeitarias, incluindo a giratória, rafting nos lagos, caminhadas e passeios no centro cívico e na Pequena Suíca), não dá pra perder o super fondue de queijo do La Bonita - que vai muito além de molhar o pão no queijinho derretido. Não sei se é o único restaurante da região que faz assim ou se é costume por lá, mas o fato é que eles aprimoraram o negócio e misturaram o foundue com a picada (prato típico da Argenina, uma espécie de tábua de queijos, frios, defumados, salsichas, linguiças, pães, pastas e picles – ou seja, comida pequena pra comer de palitinho enquanto se toma cerveja ou vinho). Dá pra ficar horas ali molhando os picles no queijo e tomando vinho. E como ainda era horário de verão, depois de um dia inteiro passeando, do foundue e do vinho, ainda dava pra ver o sol se pôr no lago, por volta das 23h...
Ah, Bariloche tem algumas outras comidas obrigatórias: o cordeiro patagônico, a truta e os defumados. E se sobrar espaço pra sobremesa ainda tem várias dessas casinhas que fabricam chocolate... Um lugar pra voltar, sempre!
Fernet
Postado por Gisele Lopes às 20:50 | Marcadores: amigos, argentina, bebida, festa sexta-feira, 18 de julho de 2008Acabei de ver que nunca escrevi sobre o Fernet! Nossa, foi a 1a. bebida "típica" que eu experimentei na Argentina, antes até do mate (leia-se chimarrão)! Pois é, o Fernet é uma bebida bem alcoólica que eles adoram e tomam muito num drink com coca-cola, o Fernet Cola, porque puro é muito amargo.
Mas mesmo misturado o Fernet é meio intragável para paladares destreinados. Quem já se acostumou aos sucos de pomelo e consegue tomar o mate no verão vai achar o Fernet fichinha. Mas como esse não é o meu caso, fica difícil... O gosto mais parecido que eu consigo associar é o do xarope Melagrião, sem o mel. Pra quem se aventura a experimentar, ele tem sua parte boa: é o melhor custo benefício nas boates (porque é mais barato e poucos copos já embebedam) e não dá ressaca.
O Fernet marcou mais presença que o quentão na festa junina improvisada na casa da Silvia. Até os brasileiros embarcaram...
Gabi posou toda felizinha com ele na mão, só não riu na hora de tomar...
Semana ensolarada em Buenos Aires! Em pleno inverno porteño faz 25º. Normal pra gente, que está acostumado a não ter estações do ano, mas os argentinos ficam meio confusos. Também pudera, ano passado nessa época (mais precisamente dia 9/7) estava nevando por aqui...
Bom, mas como bons cariocas que somos, não ligamos o ar-condicionado e fomos fazer um passeio pelo Tigre. Enquanto Bruno e Gabi seguiam na empreitada turística pelas ilhazinhas locais, a gente se contentava com um lugar ao sol, deitados na beira do rio. E como nao fazer nada dá uma fome do caramba, fomos parar no Burger King.
Eu adoro fast-food (na verdade eu adoro "food" em geral, mas...) e quando cheguei aqui fiquei encantada com a alternativa Burger King. Achava tudo ótimo, diferente e, melhor ainda, baratíssimo. Porque em qualquer lugar - no metrô, junto com o contra-cheque, até pagando conta - você consegue cupons 2x1 (paga uma promoção e leva duas). Mas confesso que muitas promoções depois, e passada a novidade, o Burger King perdeu um pouco a graça e eu sigo com o McDonald´s. Mas tem coisas que só eles inventam, como a grosseria aqui embaixo:
E não adianta pedir o combo pequeno, porque pra esse sanduíche (e pro que eu comi) eles simplesmente não têm essa opção. Mas também, né, hipocrisia comer 4 hambúgueres e pedir a coca pequena...
p.s. Essa semana é impossível fazer um post e não comentar a situação política. Depois de meses de discursos, panelaços e desabastecimento na queda de braço Cristina/ campo, o vice-presidente tinha o "desampate" na votação da lei no Senado e votou contra a Cristina! Momento histórico, assim como a vista da Av. Libertador tomada pelo povo, bem no coração de Palermo, um dia antes da votação.
Clássicos
Postado por Gisele Lopes às 17:44 | Marcadores: bar, buenos aires, visitas sábado, 12 de julho de 2008Nossa casa é como coração de mãe, sempre cabe mais um, mesmo. No momento, mais dois. Bruno e Gabi tiraram uns dias pra visitar a gente aqui e recomeçamos os circuitos intensivos comida/bebida/passeios turísticos.
Começando pelo mais perto, o Down Town Matias é um pub simpático que fica na nossa rua. Engraçado que a gente já morava aqui há um tempinho e eu nunca tinha reparado nele, a primeira vez que eu fui lá foi num almoço de trabalho. Fui, comi e virei fã. O atendimento deixa a desejar, como na maioria dos restaurantes de BsAs, mas a comida é ótima e o cardápio de cervejas é farto. Não é barato, aliás não conheço nenhum pub que seja, mas é justo. Então, sempre que possível (e sempre que chega uma visita nova) passamos por lá pra provar uma cerveja diferente.
Como não podia deixar de ser, o 1o. lugar que todo mundo quer conhecer aqui é a Boca. Confesso que lá pela 5a. vez que eu fui visitar o Caminito já estava bem de saco cheio. Até que, perdida por lá com a Aline num dia em que os meninos tinham ido ver um jogo do Boca, encontrei um barzinho no meio da confusão que serve comida honesta, cerveja gelada e melhor, não muito cara. Encontrado o lugar, eu me livrava da horda de gente gritando e oferecendo mesas para comer churrasco a 50 pesos. E aí pronto, um novo mundo se abriu. Agora quando as visitas solicitam nossa presença no circuito da Boca, eu posso ir tranquila, mostrar o lugar, soltar a galera e sentar pra tomar cerveja.
Ah, outro clássico porteño é a Plaza Serrano. A gente tem umas 452 fotos por lá, cada uma num lugar diferente, porque como a praça é no meio de tudo vira e mexe a gente acaba ali tomando alguma coisa antes de sair. A foto é no terraço do Utopia, enquanto eu pensava que Quilmes Stout, Gancia batida e cerveja Iguana não pareciam uma boa combinação...
Mas clássico mesmo é empanada com cerveja, e o Bruno realmente está se esforçando para conhecer a cultura local...
O Rio de Janeiro continua lindo...
Postado por Gisele Lopes às 14:34 | Marcadores: amigos, comida, saudadesHá, fomos ao Rio. Não deu pra ver todo mundo, não deu pra ver quase ninguém na verdade porque eu só fiquei lá 4 dias, mas foi o suficiente pra engordar uns quilinhos e "desengordar" de novo graças à gastroenterite explosiva que eu tive.
Tudo bem que eu já comecei chutando o balde: às 6h eu devorei um omelete com molho branco, torradas e café. Não satisfeita, ainda sobrou um esppacinho pro 2o. café da manhã, com mate e pão de queijo. Daí foi direto pro evento do Rafael. Pois é, ele provou que herdou o gen da cozinha que se manifesta no Angelo, na Fernanda e no Alê e fez um almoço pras famílias (o motivo tem que perguntar pra ele, mas um bom observador consegue notar na foto abaixo). Uma coisa assim levinha, pra combinar com a temperatura de 25 graus (eu saí daqui De BsAs estava 3 graus, percebi uma singela diferença de temperatura): rodízio de massas. Tudo ótimo, tortas e sorvetes no final, comilança Seara pra ninguém botar defeito.
Obviamente passei mal no fim do dia, mas antes sobrou um tempinho pra conhecer a Bella e matar a saudade de alguns dos priminhos...
Aí veio a Festa Junina. Queijo coalho, salsichão, bolo de aipim, paçoca, amigos e até fogueira. A festa foi tão boa que levou o prêmio de evento principal da viagem, ofuscando a razão inicial que justificou o gasto na passagem: nosso 2o. casamento, dessa vez no consulado português. Mas como nesse não teve comida, ficou em segundo plano. A foto está borrada, mas vale o registro...
E ainda deu tempo pro Outback! Pois é, depois desse intensivão a viagem de volta foi triste, sem Alê, com febre e muita dor de estômago. Sem falar da saudade...
De novo, abandonamos o blog. Já deu pra perceber que constância não é o forte do casal, né? Vamos atualizando por partes:
Tio Sérgio, nossa visita mais assídua, passou por aqui outra vez e nos levou de novo pra conhecer restaurantes no Centro. Esse que a gente foi é bem turistão, numa das esquinas da Corrientes, e por isso eu tinha um mega preconceito com ele. Sabe aqueles em que você passa na porta e tem um bando de panfleteiros te agarrando e gritando: Cena show?? Copa de champanhe? Pois é, a gente sempre fugia dele. Mas aí, terça à noite, do ladinho do hotel, a gente foi andando, ele estava vazio e nos deixamos surpreender pela boa comida (mais barata do que eu esperava) e pela música de fundo (não, não tinha show de tango e bailarinas, só um senhor simpático no bandaleón). E eu, que já estava quase convencida pela simplicidade do lugar, fui muito bem supreendida por uma sobremesa italiana maravilhosa, mistura de uma massa de biscoito, sorvete, chantilly e caldas de chocolate e limão. Sério, é tão boa que eu ainda lembro dela, com detalhes, um mês depois... Já o nome do restaurante eu fico devendo, um dia eu passo lá na porta, vejo o nome e me retrato.